PRÓXIMAS DEFESAS

12/08/2015 17:56

CONVITE

 

A Coordenação do Curso de Mestrado Profissional em Agroecossistemas convida, com grande satisfação, a todos(as) para assistirem as sessões públicas de defesa das dissertações a seguir:

 

Valdir Alves

CUSTO DE PRODUÇÃO DE CULTIVOS DE Coffea Canephora AGROECOLÓGICO SOMBREADO E A PLENO SOL, NO ASSENTAMENTO PADRE EZEQUIEL, RONDÔNIA

Orientador: Tamiel Khan Baiocchi Jacobson (UnB)

Banca Examinadora:

Presidente: Prof. Dr. Tamiel Khan Baiocchi Jacobson – (UNB)

Prof. Dr. Clarilton Edzard Davoine Cardoso Ribas (UFSC)

Profa. Dra. Marlene Grade (UFSC)

Prof. Dr. Fabrício Alvim Carvalho (UFJF)

 

 

Data: 25 de agosto de 2015Horário: 10:00 hLocal: Sala 105 do prédio do curso de Agronomia/CCA/UFSC.(Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)

Adriano Lima dos Santos

“AGROECOLOGIA E CAMPESINATO: RELATIVA AUTONOMIA FRENTE AO DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO. ESTUDO DE CASO NO ASSENTAMENTO CONTESTADO, LAPA – PR”.

Orientador: Prof. Dr. Clarilton Edzard Davoine Cardoso Ribas (UFSC)

Banca Examinadora:

 

Presidente: Prof. Dr. Pedro Ivan Christoffoli (UFFS)
Membros: Prof. Dr. Tamiel Khan Baiocchi Jacobson (UFSC)
Prof. Dr. Ademir Antonio Cazella (UFSC)
Prof. Dr. Fábio Luiz Búrigo (UFSC)

 

Data: 24 de agosto de 2015Horário: 14:30 hLocal: Auditório do Prédio da Aquicultura/CCA/UFSC.(Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)

Antônio Paulo Duarte Gomes de Freitas

”USO DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS NA PRODUÇÃO LEITEIRA DE ASSENTADOS E CAMPONESES: ESTUDO DE CASO”.

Orientadora: Profa. Dra. Patrizia Ana Bricarello

Banca Examinadora:

Presidente: Profa. Dra. Patrizia Ana Bricarello – (UFSC)
Dr. Alexandre Giesel – (UFSC)
Drª. Luciana Aparecida Honoratto – (UFSC)
Dr. Pedro Boff – (EPAGRI)

 

 

Data: 25 de agosto de 2015 Horário: 10 hLocal: Auditório Aquicultura – CCA /UFSC(Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)

Diórgines da Costa Nunes

”O NOVO CÓDIGO FLORESTAL E SEUS IMPACTOS EM UM ASSENTAMENTO NA MATA ATLÂNTICA DO ES”.

Orientador: Prof. Dr. Tamiel Khan Baiocchi Jacobson

Banca Examinadora:
Presidente: Prof. Dr. Tamiel Khan Baiocchi Jacobson – (UNB)
Prof. Dr. Paulo Emilio Lovato – (UFSC)
Prof. Dr. Paulo Cesar Poliseli – (UFSC)
Prof. Dr. Fabrício Alvim Carvalho – (UFJF)

 

Data: 25 de agosto de 2015 Horário: 14 hLocal: Auditório Prédio Aquicultura – CCA /UFSC(Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)

 

 

Tags: Defesas

PRÓXIMAS DEFESAS DE DISSERTAÇÃO

17/04/2015 17:03

Carla Tatiane Guindani

JOVENS DE ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: UMA ANÁLISE SOBRE O ÊXODO DE JOVENS DO ASSENTAMENTO CONQUISTA NA FRONTEIRA.”

Banca Examinadora:

Presidente: Profª. Drª. Marlene Ribeiro (UFRGS)

Membros: Prof. Dr. Carlos Antonio Bonamigo (UNIPAR)

Profª. Drª. Célia Regina Vendramini (UFSC)

Profª Drª. Sandra Luciana Dalmagro (UFSC)

 

Data: 22 de abril de 2015Horário: 09 hLocal: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGABloco B CCA/UFSC. (Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)
Rosa Patrícia da Silveira  

“DIVERSIDADE DE VARIEDADES DE TOMATE CRIOULO CONSERVADAS POR CAMPONESES NO MUNICÍPIO DE ANCHIETA, OESTE DE SANTA CATARINA”.

Banca Examinadora:

Presidente: Profª. Drª. Shirley Kuhnen (UFSC)

Membros: Prof. Dr. Rubens Onofre Nodari (UFSC)

               Drª.Natália Carolina de Almeida Silva (UFSC)

               MSc. Ivan José Canci (EPAGRI)

 

Data: 29 de abril de 2015Horário: 08 h Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGA

Bloco B CCA/UFSC. (Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)

César Alexandre Bourscheid

“AVALIAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO DE PASTAGENS EM PASTOREIO RACIONAL VOISIN POR MEIO DE INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO

Banca examinadora:

Presidente: Prof. Dr. Jucinei José Comin (UFSC)

Membros: Prof. Dr. Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho (UFSC)

Profª. Drª. Ilyas Siddique (UFSC)

Prof. Dr. Sérgio Roberto Martins (UFFS)

 

Data: 30 de abril de 2015Horário: 10 h Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGA

Bloco B CCA/UFSC. (Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Florianópolis/SC)

Tags: Defesas

PRÓXIMAS DEFESAS

09/03/2015 00:06
Ademir de Jesus Riepe
 
“DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS COMERCIAIS AGROECOLÓGICOS NA REDE DE COOPERATIVAS DA REFORMA AGRÁRIA DO PARANÁ”.
 
Orientador: Prof. Dr. Oscar José Rover (UFSC)
 
Banca Examinadora:
               MSc. Daniele Lima Gelbcke(UFSC)
               Profª. Drª. Marlene Grade (UFSC)
               Prof. Dr. Clarilton E. D. C. Ribas (UFSC)
Data: 27 de março de 2015
 
Horário: 09 h
 
Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas – PGA
Milton José Fornazieri
 
“FATORES QUE CONTRIBUIRAM PARA O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DO ARROZ AGROECOLÓGICO EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA NO RS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS”.
 
 Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos Pinheiro Machado (UFRGS)
Banca Examinadora:
               Prof. Dr. Pedro Ivan Christoffoli (UFFS)
               Prof. MSc. Mário Luiz Vincenzi (UFSC)
               Engª. Agrª. MSc. Sandra M. de O. S. Escher (COANA)
Data: 28 de março de 2015
 
Horário: 09 h
 
Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas – PGA
Francisco Elias de Araújo
 
“DESAFIOS DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NOS ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA, NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO DEPENDENTE NO ESTADO DO MA: UM ESTUDO DE CASO DA MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA – MA”.
 
Orientador: Prof. Dr. Clarilton E. D. C. Ribas (UFSC)
 
Banca Examinadora:
              Profª. Drª. Zaira Sabry Azar(UFMA)         
              Dr. Leonardo Melgarejo (EMATER)
              Profª Drª Valeska Nahas Guimarães (UFSC)
 
Data: 31 de março de 2015
 
Horário: 9 h
 
 
 Local: Auditório da Aqüicultura /AQI – CCA
César Fernando Schiavon Aldrighi
 
 CONTRIBUIÇÃO CRÍTICA À POLÍTICA DE ATER DO INCRA PARA ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA
 
Orientador: Prof. Dr. Clarilton E. D. C. Ribas (UFSC)
 
Banca Examinadora:
             Profª. Drª. Zaira Sabry Azar(UFMA)
             Dr. Leonardo Melgarejo (EMATER)
             Profª Drª Valeska Nahas Guimarães (UFSC)
 
Data: 31 de março de 2015
 
Horário: 14:30 h
 
Local: Auditório da Aqüicultura /AQI – CCA/UFSC
 
 
Paulo Davi Johann
 “A formação teórico-prática do Técnico em Agroecologia na Escola 25 de Maio de Fraiburgo/SC”.
 
Orientadora: Profª Drª Marlene Ribeiro – UFRGS
 
Banca Examinadora:                
Profª. MSc. Naira Estela Roesler – UFFS
Profª. Drª. Natacha Eugênia Janata – UFSC
Profª. Drª. Valeska Nahas Guimarães – UFSC
 
Data: 09 de março de 2015
 
Horário: 14h
 
Local: sala ZOT102
Prédio do Curso de Zootecnia –CCA/UFSC
Devanir Oliveira de Araújo
 “Mulheres na produção de hortaliças – processos agroecológicos numa perspectiva de superação das desigualdades de gênero. Assentamento Roseli Nunes, Mirassol D´Oeste/MT”.
 
Orientadora: Cristina Scheibe Wolff (UFSC)

 

Banca Examinadora:                
Prof. Dr. Marcos Fábio Freire Montysuma – UFSC
Profª. Drª. Sandra Luciana Dalmagro – UFSC
Profª. Drª. Giovana Ilka Jacinto Salvaro – UNESC
Data: 10 de março de 2015
Horário: 09 h e 30 min
Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGA / Bloco B – CCA/UFSC
Luis Carlos de Quadro Alves
 “O USO DE TERAPIAS VETERINÁRIAS (HOMEOPATIA, FITOTERAPIA E ALOPATIA) EM ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA”.
 
Orientadora: Profª. Drª. Denise Pereira Leme – UFSC
 
Banca Examinadora:
Profª. Drª. Luciana Aparecida Honorato – UFSC
Profª. Drª. Cibele Longo – UFSC
Profª. Drª. Valeska Nahas Guimarães – UFSC
Data: 10 de março de 2015
Horário: 14h
Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGA / Bloco B – CCA/UFSC
Edson Almir Cadore
 “A PRODUÇÃO DE ARROZ AGROECOLÓGICO DA COOTAP/MST”
Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos Pinheiro Machado (UFRGS)
 
Banca Examinadora :                  
Prof. Dr. Pedro Ivan Christoffoli (UFFS)
Prof. MSc. Mário Luiz Vincenzi (UFSC)
Engª. Agrª. MSc. Sandra M. de O. S. Escher (COANA)
Data: 12 de março de 2015
Horário: 14h
Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGA / Bloco B – CCA/UFSC
Letícia Barqueta Costa
 “PROCESSOS DE MUDANÇAS E TRANSFORMAÇÕES ORGANIZACIONAIS EM UMA COOPERATIVA DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DA ÁREA DE REFORMA AGRÁRIA: LIMITES E AVANÇOS. O CASO DA COOPERATIVA DE TRABALHADORES ASSENTADOS DE TAPES”.
 
Orientadora: Profª. Drª. Valeska Nahas Guimarães – UFSC
 
Banca Examinadora:                  
Prof. Msc. Luiz Henrique Gomes de Moura – UNB
Profª. Drª. Antonia Egídia De Souza – UNIVALI
Prof. Dr. Clarilton E. D. C. Ribas – UFSC
Data: 16 de março de 2015
Horário: 10h
Local: Auditório do Pós Graduação em Agroecossistemas-PGA / Bloco B – CCA/UFSC
Tags: Defesas

PRÓXIMAS DEFESAS

03/03/2015 19:42

CONVITE

A Coordenação do Curso de Mestrado Profissional em Agroecossistemas convida a todos (as) para assistirem a defesa do Trabalho de Conclusão do Curso da mestranda Renata Fernandes Nogueira, intitulada:

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 “Apropriação do conhecimento sobre as práticas do manejo orgânico do agroecossistema cacau-cabruca em assentamentos no litoral sul da Bahia”

 .

   Orientador: Tamiel Khan Baiocchi Jacobson

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Banca Examinadora:

Presidente:

Prof. Dr. Tamiel Khan Baiocchi Jacobson – UnB

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Membros:

Profª. Drª. Marlene Grade (UFSC)

Prof. Dr. Ilyas Sidique (UFSC)

Profª. Drª. Irene Maria Cardoso (UFV – MG)

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Data: 04 de março de 2015

Horário: 17h

Local: Auditório da Aquicultura/AQI/CCA/UFSC

Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Fpolis/SC

Tags: Defesas

PRÓXIMAS DEFESAS

24/02/2015 22:02

CONVITE

A Coordenação do Curso de Mestrado Profissional em Agroecossistemas convida a todos (as) para assistirem a defesa do Trabalho de Conclusão do Curso da mestranda SIUMARA OLIVEIRA SANTOS, intitulada:

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“(Des)Caminhos da resistência camponesa nos assentamentos de Reforma Agrária: Avaliação da Sustentabilidade socioeconômico e ambiental no Assentamento Roseli Nunes – Município de Mirassol D’Oeste/MT.”

 .

Orientador: Profª. Drª. Valeska Nahas Guimarães (UFSC)

          .         

Banca Examinadora:

Presidenta:
Profª. Drª. Valeska Nahas Guimarães (UFSC)
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Membros:
Prof°. Dr Jucinei José Comin (UFSC)
Profº. Dra Sandra Sulamita Nahas Baasch (UFSC)
Profº. Drº. Dra Irene Maria Cardoso (UFV)
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Data: 04 de março de 2015
Horário: 14h00min
Local: Auditório da Aquicultura – AQI/CCA/UFSC
Rod. Admar Gonzaga, 1346 – Itacorubi – Fpolis/SC
Tags: Defesas

INÍCIO DAS DEFESAS DE DISSERTAÇÕES DA 3ª TURMA DO MESTRADO PROFISSIONAL EM AGROECOSSISTEMAS

06/01/2015 17:44

É com grande satisfação que a secretaria e coordenação do Mestrado Profissional em Agroecossistemas apresenta a primeira dissertação defendida e adequada à aprovação, do militante, atuante do Setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente e pesquisador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Antonio de Miranda.

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Sob o título “A influência do Agronegócio no Assentamento Irenos Alves dos Santos, na Região Centro do PR, na Região Centro do PR, e os limites e possibilidades para a implementação da Agroecologia”, Antonio em sua dissertação orientada pelo professor Luiz Carlos Pinheiro Machado (UFRGS), se aprofunda no tema da questão agrária analisando as consequências do modelo atual de reforma agrária para os assentamentos.

“Os assentamentos que foram criados pela luta dos trabalhadores sempre estiveram em disputa frente ao modelo de produção hegemônico; no entanto, se os mesmos não adotassem o modelo produtivo do agronegócio não receberiam créditos e ficariam à margem da sociedade. Evidentemente que grande parte das famílias assentadas adota o modelo como forma de se sentir inclusa na sociedade de consumo.

Por outro lado, uma boa parte das famílias, por condições objetivas e por opção pessoal, ficou fora desse modelo, tentando desenvolver outra forma de produção que garantisse o sustento e melhorasse suas condições de vida, e são estas que ajudam a apontar os limites da produção do agronegócio, que ao invés de incluir as pessoas, as exclui e as deixa refém de seu modo de produção.”

Após a arguição pela banca composta por membros externos e internos ao programa, o Coordenador Geral do Mestrado Profissional em Agroecossistemas, professor Clarilton Ribas indica, pelo ineditismo e relevância do trabalho, a publicação do trabalho em um livro.

A equipe do Mestrado Profissional em Agroecossistemas e do LECERA/UFSC deseja a este trabalhador, mestre e militante, sucesso.

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mirandadefesa

Mestre em Agroecossitemas pela Universidade Federal de Santa Catarina, Antonio de Miranda na defesa da dissertação.

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BANCAMIRANDA

Banca examinadora do Antonio de Miranda, em ordem da esquerda para direita, professor Pedro Ivan Crhistoffoli (UFFS/Laranjeiras do Sul), professor Luiz Carlos Pinheiro Machado (UFRGS/orientador e presidente da banca), professor Luis Alejandro Lasso Gutierrez (UFSC/Curitibanos) e professor Clarilton Ribas (UFSC/Coordenador Geral MP Agroecossistemas).

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Fonte: www.lecera.ufsc.br

Tags: Defesas

PROJETO DE OLHO NA TERRA: ENCONTRO DA JUVENTUDE MST/SC

31/10/2014 17:39

Encerra hoje, a partir das 18h, o 1º Encontro dos(as) jovens Sem Terra beneficiários e organizadores do projeto De Olho na Terra, que envolve a capacitação destes jovens na área de tecnologia de informação e comunicação, contribuindo para a permanência da juventude no campo e promovendo a produção oriunda das áreas de reforma agrária. Foram três dias de intenso trabalho, com palestras, oficinas, vivências nas áreas periféricas da cidade de Florianópolis, luta e diálogo com a cidade. Deu tempo até para conhecer os encantos da Fortaleza de São João da Ponta Grossa.

Apoiamos toda a iniciativa deste belo coletivo de juventude do MST/SC.

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Blog da Juventude Sem Terra/SC: http://coletivodejuventudedomst-sc.blogspot.com.br/

“Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética”. Che Guevara

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Na UFSC. (Foto: Juliana Adriano)

Tags: juventudeMSTProjeto "De olho na terra"

SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO – CHAPECÓ, 28 A 30 DE AGOSTO DE 2013

30/08/2013 19:09

Seminário discute Educação do Campo com 350 participantes, em SC.

 

30 de agosto de 2013
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Por Fabio Reis
Da Página do MST

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Cerca de 350 pessoas participam nesta sexta-feira (30) do Seminário Estadual de Educação do Campo em Chapecó, Santa Catarina.

A atividade acontece no salão de Eventos da Catedral Santo Antônio, no centro da cidade, e foi organizada pelos movimentos sociais da Via Campesina, Universidade Federal Fronteira Sul, Assembléia Legislativa, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Uno Chapecó e demais parceiros.

O seminário busca analisar a concepção e a situação das escolas do campo e construir uma pauta conjunta de lutas que atendam as necessidades imediatas. Também é pensado estratégias para a efetivação da Educação do Campo em termos de políticas públicas e também de concepção.

Para a professora Sandra Dalmagro, da UFSC, é necessário construir um projeto de educação do campo que seja emancipador.

“É preciso aprofundar a teoria do conhecimento e em muitas das nossas experiências buscamos a humanização, mas o ser humano tem muitas dimensões. É preciso pensar em uma educação que trabalhe com as várias dimensões do ser humano” disse Sandra.

A professora ainda completou lembrando que “o conhecimento supõe as relações entre teoria e prática, mas vivemos em uma sociedade que fragmenta e aliena”, e que, portanto, essa lógica não pode ser repetir nessas escolas, que têm o desafio de fazer com que os jovens façam a relação entre teoria e prática.

O encontro acontece desde quarta-feira (28), quando os participantes realizaram um ato político na Av. Getúlio Vargas com o intuito de dialogar com a população.

Abaixo, confira a carta escrita pelos participantes do encontro, em que reafirmam o compromisso com a educação do campo, denunciam a situação da educação no estado e reivindicam de imediato a garantia do direito da educação do campo em todos os seus aspectos descritos na carta.

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SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO – SANTA CATARINA
CHAPECÓ, 28 A 30 DE AGOSTO DE 2013

CARTA ABERTA À SOCIEDADE CATARINENSE E BRASILEIRA

1. Nós, 350 educadores e educadoras das escolas públicas do campo, militantes dos movimentos sociais e sindicais, professores e gestores da educação básica e das universidades, estudantes, camponeses e lideranças políticas, nos reunimos neste Seminário Estadual de Educação do Campo, no intuito de avaliar a situação da educação do campo no Estado de Santa Catarina e traçar estratégias comuns para a articulação dos trabalhadores e trabalhadoras, em vista à superação dos problemas enfrentados. Neste contexto, o presente documento resgata alguns aspectos históricos da luta por uma Educação do Campo, traz elementos para um diagnóstico da situação educacional do campo em Santa Catarina e apresenta proposições coletivas definidas neste encontro. O Seminário teve por organizadores: Movimento de Mulheres Camponesas – MMC, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar – FETRAF- Sul, Associação Regional das Casas Familiares Rurais – ARCAFAR Sul, Sindicato dos Trabalhadores em Educação – SINTE, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Diretório Central dos Estudantes da UFFS – DCE, Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ, Assembléia Legislativa do Estado se Santa Catarina, Escola do Legislativo e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA.

2. No contexto da questão agrária brasileira e da luta por Reforma Agrária e justiça social, por mais de uma década e meia, a educação do campo tem sido uma luta da classe trabalhadora, denunciando uma dívida histórica com a escolarização e a ausência de outras politicas públicas de direito aos sujeitos do campo, o que tem exigido uma grande organização coletiva, especialmente a partir do I Encontro de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária, em 1997; da I Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do Campo, em 1998 e da II Conferência Nacional Por Uma Educação do Campo, em 2004. A partir desses marcos foram realizadas, nos estados brasileiros, várias ações.

3. Em Santa Catarina, a educação do campo surge no final da década 1990, da luta dos movimentos sociais e sindicais, com objetivo de problematizar as estruturas e condições educacionais que o campo enfrentava, assim como buscar soluções na perspectiva da construção de uma sociedade igualitária, em particular, a igualdade pelo direito à escolarização pública e de qualidade, o que exigia a criação de mecanismos de inserção dos trabalhadores e trabalhadoras do campo nos debates acerca das políticas públicas educacionais. Para isso diversas ações foram realizadas, entre elas destacamos:

•    I Conferência Estadual de Educação do Campo (1998), em Chapecó. Organizadores: MST, MMC e SINTE, com apoio da UNOESC.

•    Formação de professores: nas escolas e em seminários regionais e estaduais; promoção de Ciclos de Estudo da Educação Básica do Campo, entre 1998 a 2002.

•    II Conferência Estadual de Educação do Campo (1999) em Chapecó. Organizadores: UNOESC, MST, MMC, MAB, SINTE, FETRAF, PJR, Prefeitura de Chapecó.

•    III Conferência Estadual de Educação do Campo (2002) em Chapecó.

•    Fórum Permanente de Educação do Campo em SC, com protagonismo dos Movimentos Sociais do Campo de 1998-2002.

•    Participação em Congressos do SINTE, promoção de audiências públicas, manifestações e cartas ao poder público, apoio e elaboração de projetos de educação do campo.

•    Jornadas de lutas por escola e educação do campo com reivindicações junto às prefeituras, além de debates/estudos sobre a proposta de Educação do Campo nas escolas e comunidades.

•    Projetos Pronera em parceria com a UFSC, UNOCHAPECÓ e UNOESC. Foram realizados 12 projetos até o momento. Mais 6 mil estudantes foram formados na educação de jovens e adultos, cursos técnicos de nível médio e especializações

•    Em 2005 criou-se o Comitê Catarinense pela Educação do Campo; em 2008 o Fórum Catarinense de Educação do Campo. Desde então, foram realizados seminários estaduais motivados pela Coordenação Geral de Educação na SECAD/MEC, bem como o acompanhamento da implementação de políticas públicas.

4. O movimento por uma Educação do Campo alcançou conquistas nas políticas públicas no Estado brasileiro que, ainda que pontuais, são significativas frente às demandas de acesso à educação formal no campo brasileiro. Estas políticas abarcam vários níveis e modalidades de escolarização. Entre estas políticas, mencionamos: as Diretrizes Operacionais para as Escolas de Educação Básica do Campo, o Decreto Presidencial 7.352/2010, o Programa ProJovem Campo Saberes da Terra, as Licenciaturas em Educação do Campo (PROCAMPO), o PRONERA e o PRONACAMPO, entre outras.

5. Entretanto, hoje avalia-se que algumas destas políticas não estão atendendo às reais necessidades e demandas dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, haja vista que identifica-se um refluxo na expansão das mesmas e uma apropriação de seu conteúdo, via Estado, pelas forças políticas do grande capital e latifúndio no campo. Com isto, tem ocorrido uma distorção dos princípios e reivindicações dos trabalhadores do campo.

6. É importante salientar que no estado de Santa Catarina temos evidenciado que:

•    No ano de 1995 somava-se um total de 10.085 escolas, em 2011 constavam 6.527 escolas. Enquanto no campo em 1995 eram 6.857 escolas, em 2011 eram apenas 1.541. As escolas urbanas eram 3.228 em 1995 e sobem para 4.896 em 2011. (Dados do Censo Escolar/MEC, 2012). Estes números são explicados pelos processos de nucleação e fechamento das escolas no campo.

•    Dos 293 municípios de Santa Catarina, apenas em 53 deles há Ensino Médio no campo com 80 unidades escolares, segundo dados do MEC/INEP Educacenso, 2011.

•    Há ausência de Políticas dos governos estaduais voltadas aos camponeses à Educação do Campo e à valorização dos trabalhadores em educação.

•    Há intenso êxodo rural da juventude, muitos jovens estão desmotivados em relação a sua permanência no campo, em dar continuidade às atividades dos pais junto à agricultura. Registra-se falta de políticas de lazer e cultura, acessibilidade, trabalho e geração de renda, entre outros.

•    Nas escolas, há alta rotatividade de professores, sobretudo pelos contratos temporários de trabalho, o que dificulta o desenvolvimento de um trabalho pedagógico coletivo e articulado às demandas das comunidades e movimentos sociais. Destaca-se, ainda, o pouco tempo e espaço para discussões coletivas, a descontinuidade nos processos de construção das propostas pedagógicas das escolas, a pouca autonomia na gestão escolar, sendo frequente formas de tutela por parte de gestores públicos sobre o trabalho escolar. Registra-se a falta de incentivo por parte das secretarias de educação (municipais e estadual) em relação à formação docente para o campo, bem como de liberação de seus docentes para a formação continuada.

•    A Educação Formal é baseada hegemonicamente na formação para o mercado de trabalho, a qual reserva aos mais pobres os piores lugares e condições.

•    Os currículos oficiais ainda mistificam a realidade do campo, desconsideram os sujeitos, sua realidade e seus interesses.

•    Articulado ao fechamento de escolas, houve o surgimento de uma rede de transporte escolar. O transporte quase sempre é de má qualidade, salvo os casos em que governos populares buscaram ou desenvolveram políticas e/ou programas. Geralmente o transporte e as estradas são de má qualidade, sem dizer que crianças, jovens, adultos e idosos, quando precisam deste transporte para acessar a escola ou a universidade, enfrentam a superlotação e passam muito tempo em trânsito. Cabe salientar ainda que muitas escolas núcleos/pólos ou localizadas nas sedes dos municípios estão lotadas de estudantes, o que torna precário o processo de ensino-aprendizagem.

•    Há falta de internet, bibliotecas e laboratórios na maioria das escolas públicas, assim como, salas de aula e outros espaços pedagógicos fundamentais à qualidade educacional.

•    Praticamente não há educação infantil de 0 a 6 anos no campo; muitas crianças são levadas para o trabalho junto com os pais.

•    Falta oferta de Educação Especial no campo, bem como de professor auxiliar para a educação especial.

•    Muitos municípios ainda não garantem uma alimentação escolar de qualidade e esta nem sempre vem da Agricultura Familiar. Muitas vezes a alimentação escolar é comprada de outros estados e de grandes empresas, as quais trabalham com agrotóxico e exploram a mão de obra dos trabalhadores rurais – a alimentação escolar é terceirizada, desvalorizando a produção do agricultor local.

•    Por outro lado, há muitas experiências de educação formal e não formal acontecendo nos Movimentos Sociais e Sindicais do Campo, nas Escolas Famílias Agrícolas, nas prefeituras com administrações populares, nas escolas de assentamentos e acampamentos do MST, no PRONERA, nas escolas e universidades públicas, as quais devem ser consideradas na formulação das políticas educacionais.

7. Diante dessa situação, propõe-se:

•    Maior abertura das secretarias de educação em relação às lutas sociais e à expansão dos espaços de aprendizagem para além dos muros da escola. Criação de coordenações voltadas para a educação do campo.

•    Formação continuada dos educadores e produção de materiais didáticos, dentro da concepção de educação do campo construída pelos movimentos sociais e sindicais. Estabelecer parcerias com universidades e demais instituições públicas e comunitárias. Por outro lado, combater a entrada de materiais didáticos e programas ligados à empresas do setor agroalimentar e insumos nas escolas, pois difundem seus interesses privados ao invés do interesse público.

•    Realizar concursos públicos que considerem as especificidades das escolas do campo. Reformular planos de cargos e salários de modo a que considerem a especificidade da educação do campo. Realização de eleições para diretores.

•    Recriar a forma escolar, de modo que garanta, por exemplo, tempo para planejamento individual e coletivo, trabalho interdisciplinar e por áreas de conhecimento, eliminando aulas de 45 minutos. Garantir a existência de materiais pedagógicos voltados para educação do campo, que estes sejam construídos a partir de nossas referências, e que sejam acessados pelas escolas do campo. Que sejam reconhecidas, fortalecidas e financiadas pelo Estado a existência de Escolas cujas formas e os processos formativos potencializem práticas de cooperativismo popular.

•    Elaborar marcos legais para a educação do campo em Santa Catarina a partir das normativas, pareceres, resoluções e decretos construídos nacionalmente, com destaque para: elaboração das diretrizes estaduais de educação do campo; lei que institua a Educação do Campo como política pública estadual; realização de editais específicos para a escola do campo.

•    O Estado deve garantir políticas públicas integradas – educação escolar, acesso à terra, comunicação, inclusão digital, cultura e lazer, trabalho e geração de renda, assistência técnica, entre outros. Garantir maior inserção dos produtos da Agricultura Familiar e Camponesa na Alimentação Escolar. Assegurar Educação Especial no campo com qualidade.

•    Que se garanta escolarização dos sujeitos do campo no próprio campo, e, quando for necessário o deslocamento, que ele seja de qualidade – qualidade nas estradas e no transporte (menor tempo de deslocamento, acesso aos portadores de necessidades especiais, lugares em quantidade suficiente para os usuários, entre outros).

•    Que os Cursos de Licenciatura em Educação do Campo sejam voltados à formação, preferencialmente de pessoas do campo, assegurando a participação dos jovens e professores vinculados aos movimentos sociais e sindicais.

8. Diante disso, entregamos esta carta às diferentes representações do poder público para que seu conteúdo possa contribuir na reflexão, elaboração e implementação das políticas públicas de educação voltadas ao campo e seus sujeitos.
9. É neste intuito que realizamos o Seminário e compomos a Articulação Catarinense Por uma Educação do Campo.

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Chapecó, 30 de Agosto de 2013.

Fonte: www.mst.org.br

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